terça-feira, 23 de agosto de 2011

Artigo Estadão: SUS amplia internação domiciliar

No Estadão de ontem, saiu interessante artigo sobre a ampliação da internação domiciliar (home care). Evidentemente, a ampliação do serviço é muito importante para as pessoas com ELA, principalmente para aquelas que não dispõem de plano saúde.

Resumidamente, o artigo informa que, até o fim do ano, pelo menos 15 mil brasileiros internados em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão voltar para suas casas e continuar a receber cuidados médicos, por meio de home care.
Ainda segundo o artigo, os novos critérios para internação domiciliar seriam divulgados hoje pelo governo e a principal novidade é o pagamento de R$ 34.500 ao mês por equipe médica. 
Comenta ainda que, para este ano, o orçamento do Ministério da Saúde prevê a contratação de 250 equipes, cada uma com capacidade para atender 60 pacientes, mas a meta é chegar a mil equipes até 2014. 
Relata que o SUS criou os primeiros critérios para a internação domiciliar há cinco anos, recomendando esse tipo de cuidado para idosos, portadores de doenças crônicas ou câncer - com exceção daqueles que precisam de ventilação mecânica. Como não havia previsão de verba federal para a formação de equipes, poucos Estados e municípios se mobilizaram. Apenas 77 hospitais no País se credenciaram junto ao SUS.
A má notícia é de que, apesar de o novo programa não limitar as enfermidades que podem ser atendidas, mantém a exclusão aos pacientes que dependem de ventilação mecânica, o que pode excluir diversas pessoas com ELA. Segundo o secretário Helvécio Miranda, a justificativa para isso é a de que "Precisamos fazer um planejamento que sirva para o País todo", mas ele próprio admite que isso "poderá ser reavaliado". Ademais, conforme outro artigo do mesmo jornal, o programa de internação domiciliar do município de São Paulo não exclui pacientes que precisam de respiração mecânica.